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1) "Trumbo-A lista Negra" - Filme de 2016. Um bom filme para assistir nestes tempos de macartismo jurista no Brasil. Assim como o senador McCarthy foi para o lixo da História, assim também vai acontecer com Moro e seus comparsas do judiciário. "O longa conta a história de Dalton Trumbo, um roteirista de sucesso nos tempos de ouro de Hollywood, mas como membro do partido comunista americano foi considerado uma ameaça e colocado na famosa lista negra americana, que tinha nomes de milhares pessoas que trabalhavam no ramo do entretenimento e por seu envolvimento subversivo e antiamericano estariam colocando sutis propagandas comunistas nos filmes hollywoodianos. Injustiçados, esses profissionais foram presos e depois impedidos de continuarem trabalhando no ramo. Trumbo foi um dos que se rebelaram contra esse sistema, e através de uma série de pseudônimos continuou escrevendo para os estúdios cinematográficos, recebendo até um Oscar por um de seus scripts, ironizando de vez a lista negra dos EUA. O filme conta toda essa trajetória do polêmico e corajoso Dalton Trumbo, mostrando seu envolvimento, mesmo na sarjeta hollywoodiana, com obras-primas do cinema como Spartacus (1960), Êxodos (1960), A Princesa e o Plebeu (1953)." Detalhes técnicos: Data de lançamento: 28 de janeiro de 2016 (2h 04min) / Direção: Jay Roach / Elenco: Bryan Cranston, Diane Lane, Helen Mirren / Nacionalidade: EUA"

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1) "Trumbo-A lista Negra" - Filme de 2016. Um bom filme para assistir nestes tempos de macartismo jurista no Brasil. Assim como o senador McCarthy foi para o lixo da História, assim também vai acontecer com Moro e seus comparsas do judiciário. "O longa conta a história de Dalton Trumbo, um roteirista de sucesso nos tempos de ouro de Hollywood, mas como membro do partido comunista americano foi considerado uma ameaça e colocado na famosa lista negra americana, que tinha nomes de milhares pessoas que trabalhavam no ramo do entretenimento e por seu envolvimento subversivo e antiamericano estariam colocando sutis propagandas comunistas nos filmes hollywoodianos. Injustiçados, esses profissionais foram presos e depois impedidos de continuarem trabalhando no ramo. Trumbo foi um dos que se rebelaram contra esse sistema, e através de uma série de pseudônimos continuou escrevendo para os estúdios cinematográficos, recebendo até um Oscar por um de seus scripts, ironizando de vez a lista negra dos EUA. O filme conta toda essa trajetória do polêmico e corajoso Dalton Trumbo, mostrando seu envolvimento, mesmo na sarjeta hollywoodiana, com obras-primas do cinema como Spartacus (1960), Êxodos (1960), A Princesa e o Plebeu (1953)." Detalhes técnicos: Data de lançamento: 28 de janeiro de 2016 (2h 04min) / Direção: Jay Roach / Elenco: Bryan Cranston, Diane Lane, Helen Mirren / Nacionalidade: EUA"

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                                                                    FILMES COM TEMÁTICA FEMINISTA

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0) "As virgens suicidas"

Filme norte americano de 1999 com direção de Sofia Coppola, filha do cineasta norte americano Francis Ford Copolla. "Marca sua estreia como diretora de longas-metragens, é uma adaptação do livro de mesmo nome do autor Jeffrey Eugenides. Acompanhamos através da narração de cinco garotos – registre essa informação – a rotina pouco convidativa e muito misteriosa das cinco filhas da família Lisbon. Mesmo que na escola as garotas pareçam levar uma vida normal, em casa os pais adotam uma postura extremamente conservadora. No auge da repressão, removem as filhas da escola e as mantêm num ‘’cárcere privado’’ que mais tarde cobrará seu preço. O filme começa a partir da tentativa de suicídio da filha mais nova de 13 anos dos Lisbon, Cecília (Hanna Hall). A tentativa que falhará, por enquanto, faz com que os pais Ronald Lisbon (James Woods) e Sara Lisbon (Kathleen Turner) adotem uma postura mais aberta frente a comunidade, promovendo uma festa de ‘’reintegração’’ de Cecília após seu retorno da internação. É nessa fatídica noite que Cecília realiza seu ato, conseguindo aquilo que tentara mais cedo....... As Virgens Suicidas é um excelente início de carreira para Sofia Coppola, e foi sua saída do lugar de tutela masculina, no caso o pai, Francis Ford Coppola. As Virgens Suicidas e Encontros e Desencontros – esse vamos deixar de lado na análise – vão consolidar Sofia Coppola como uma diretora e roteirista com personalidade própria e com os próprios entendimentos sobre o cinema e o mundo. Sofia Coppola encontrou seu lugar no mundo, e parece que as histórias que conta e deseja contar passam por essa mesma jornada.
Vários desses elementos irão se repetir na filmografia de Sofia Coppola. Há um recorte muito interessante da mulher branca de classe média do subúrbio estadunidense que Sofia se concentra, e sempre funciona. "Maria Antonieta" e "O Estranho que Nós Amamos" parece fugir à regra pela ambientação, mas olhando bem, a dinâmica da mulher frente ao masculino ainda é de submissão e tutela, que se mistura com o desejo e a fascinação, sensações ambíguas que convivem relativamente bem até pararem de funcionar e encontrarem na próxima esquina a destruição. O que fascina na filmografia de Sofia Coppola é sua capacidade em tratar dessas ambiguidades tão subjetivas, íntimas e por vezes inconscientes e pouco palatáveis na linguagem cinematográfica para a imensa maioria dos diretores. Felizmente Sofia consegue, e que bom que ela consegue." (comentário de Alan Alves, Cinemação. Veja este comentário na pasta COMENTÁRIOS ao lado deste filme)

0.1) "Priscilla"

Filme de 2023 com direção de Sofia Coppola. "Priscilla", adaptação do livro autobiográfico escrito por Priscilla Presley sobre seu casamento com Elvis Presley, é mais um acerto na fórmula de sucesso de Sofia Coppola. A diretora que melhor glamorizou a melancolia feminina fez retratos perfeitos da condição que atravessa as mulheres desde o século 18, da corte francesa de "Maria Antonieta", aos anos 2000, com os assaltantes de closets estrelados de "Bling Ring"."..... Todo filme de Sofia Coppola é um lembrete de que ser mulher, mesmo princesa, mesmo a primeira-dama do rock, mesmo "nepo baby", é viver em uma gaiola. Com "Priscilla", a cineasta adiciona mais uma camada a essa máxima e mostra que a gaiola pode ser muito bonita, bem decorada, ter cachorrinhos de estimação amáveis e, vez ou outra, um homem de sucesso vai pôr um dedinho por entre as grades douradas e dar a você uma migalha de afeto.  A sacada de "Priscilla" é que ele nos mostra que as mulheres, na verdade, têm a chave dessa jaula e a que porta está aberta. É só sair —ao som de Dolly Parton."

1) "As quatro filhas de Olfa"

Filme de 2023 candidato ao Oscar 2024 de melhor documentário / Produção: França, Tunísia, Arábia Saudita, França, chipre.

Direção: Kaouther Ben Hania

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"As 4 Filhas de Olfa (Four Daughters, 2023) é um documentário dirigido pela cineasta tunisiana Kaouther Ben Hania (O Homem que Vendeu sua Pele, 2020). A produção conta a história do desaparecimento de duas filhas de Olfa, e se destaca pela  originalidade ao retratar as vivências familiares complexas entre mãe e filhas.  Um dos pontos mais  interessantes do documentário está na originalidade da produção. A diretora Hania mescla cenas documentadas e encenadas para recriar momentos marcantes na vida de Olfa e das quatro filhas. A partir disso, tanto as  mulheres quanto o público se aprofundam em contextos de violência doméstica, assédio de menores e abuso parental. Para Olfa e suas filhas, o sofrimento em recriar cenas traumáticas anda lado a lado em todo o processo......A liberdade feminina é uma questão chave para a montagem do filme. Afinal, aqui falamos sobre uma mulher que é mãe de quatro filhas, também mulheres. Residentes de um país com costumes conservadores, a todo momento a condição de ser mulher é colocada em cheque."

2) "A Sindicalista"

Filme francês de 2022 dirigido por Jean-Paul Salomé . Ainda que o título A Sindicalista denote uma produção de cunho mais político, na prática o que vemos é um reflexo da sociedade que, infelizmente, pode ser visto todos os dias em diversas áreas. Mulheres fortes que ousem ir contra o status quo – leia-se “a opinião dos homens” – são desacreditadas, desencorajadas e passadas por loucas, antes mesmo de qualquer análise dos fatos. Lutando para manter o emprego de cerca de 5 mil trabalhadores na França, Kearney compra briga com setores poderosos da sociedade, incluindo políticos, e a partir de então se vê envolvida em campanhas intimidatórias para desacreditar suas descobertas. 

3) "Mães Paralelas"

Filme de 2021 com direção de Pedro Almodóvar.  "Paralelas é um filme político. Primeiramente, de maneira mais explícita, porque revisita heranças da ditadura franquista na Espanha. Mas, além disso, é feminista. Contemporaneamente feminista."
"As maternidades paralelas indicam a representação do amor e do comprometimento em diferentes gerações, assim como o olhar para a feminilidade em fases diferentes da vida e a posição de cada uma dessas mulheres para com o mundo que as cerca. Quem deve ser priorizado? Filha e neta ou uma carreira de atriz que começou tarde e conseguiu alcançar sucesso? A verdade que pode tirar-lhe um bebê ou a mentira que pode manter esse laço materno ao preço de uma consciência pesada? A importância para resolver um caso do passado ou o desprezo por essa memória histórica e foco alienado no presente, “que é o que importa, afinal… os mortos já estão mortos“? O filme também poderia se chamar “gerações paralelas“, “traumas paralelos” ou “engajamentos políticos paralelos”, porque ao cabo, é também isso que Almodóvar acaba discutindo."

SINOPSE
Janis (Penélope Cruz) é uma fotógrafa bem sucedida. Engravida em uma noite de sexo casual e, na maternidade, conhece a jovem Ana (Milena Smit) de 17 anos. A partir desse encontro de gerações, Almodóvar fala sobre ancestralidade, memória, apagamento histórico, a relação dos jovens com o passado, maternidade, sexualidade, diferenças de classe social. 

 

4) "A filha perdida"

Filme de 2021 cotado para o Oscar deste ano de 2022. Direção e roteiro de Maggie Gyllenhaal. 
"A Filha Perdida" é sobre maternidade e feminismo. Protagonizado pela excelente Olivia Colmann (a Rainha Elizabeth, em The Crown e oscarizada por A Favorita), o filme fala sobre a maternidade, as escolhas e a culpa materna. Mostra como é difícil para uma mulher ser mãe e ser profissional. E como a escolha pela carreira pode vir carregada de uma culpa imensa.

5) Miss Marx

A história de uma mulher que fez muito mais do que ficar à sombra do lado mítico de seu pai, Karl Marx, mesmo que seja meramente referenciada por seus próprios feitos. Era poliglota, era responsável pela literatura que gerou grandes transformações sociais e discursava sobre os direitos humanos e os resultados do capitalismo sobre o proletariado. Estamos falando de Eleanor Marx (Romola Garai), que também fundou a Liga Socialista, lutou contra o trabalho infantil em grandes fábricas na Europa e nos Estados Unidos, participou da Fundação Social Democrata e, como se tudo isso não bastasse, foi traduziu Madame Bovary para o inglês. Infelizmente, porém, a descrição inicial parece condizer mais com o que seu pai, Karl Marx (Philip Gröning), como é o que acontece em “Miss Marx”.

6) A revolução em Dagenham

Filme britânico de 2010. Essa dramatização do episódio real de 1968 rende fortes consequências até hoje e é difícil imaginar como uma história tão forte como esta jamais tenha ganhado as telas antes de chegar nas mãos de Nigel Cole. Em um mundo onde mulheres ainda buscam serem valorizadas no mercado de trabalho, “Revolução em Dagenham” se mostra incisivo. Mais do que isto, a produção sabe dosar a seriedade deste conteúdo e dar relevo as personagens reais, retratadas como mulheres vaidosas, descontraídas e duras de queda.

7) A lição de Moremi

Filme nigeriano de 2020. Trazendo um debate impactante sobre a cultura do estupro ao redor do mundo, o longa acompanha Moremi, uma estudante que sofre uma tentativa de estupro de um professor universitário e decide denunciar o caso. Dirigido por Kunle Afolayan, o filme traz uma narrativa comovente que estende a discussão sobre o assunto, indo muito além das fronteiras da Nigéria, país onde é ambientado

8) The Glorias

Filme ingles de 2020. Inquieta, desafiadora e sagaz. Embora essas três palavras não sejam o suficiente para descrever Gloria Steinem, elas podem nos dar uma visão norteadora de uma das vozes do movimento feminista norte-americano. Jornalista e ativista social, ela vem atravessando gerações e colocando em pauta temas imprescindíveis para as mulheres tanto em aspecto geral como em questões mais específicas. A diretora Julie Taymor (“Frida”) aproveita esse engajamento para contar a história de Steinem e como ela ajudou a fomentar o movimento.

9) O sorriso de Monalisa

O filme de 2003, apesar de alguns clichês, conta com boas atuações e torna-se interessante pela maneira que retrata esse conservadorismo que focalizava a vida da mulher nos anos 50: “Daqui pra frente sua única responsabilidade será cuidar do seu marido e filhos.” “Podem estar aqui para tirar uma nota alta, mas a nota mais importante será a dele, não a minha”. Além disso, o longa perpassa também o conservadorismo existente nas concepções que envolvem a arte: “Picasso fará pelo século XX o que Michelangelo fez pelo Renascimento”, você diz em sua tese. “Então, estas telas produzidas hoje só com borrões de tinta merecem tanto nossa atenção quanto a capela Cistina?”

10) Persepolis

Filme francês de 2008. Em “Persépolis” (filme em forma desenho), o enredo é construído a partir da história de vida da autora-personagem iraniana Marjane (ou apenas Marji). Ao decorrer da narrativa é possível nos deparamos com momentos de controvérsias em torno do uso do véu, de limites demarcadores das liberdades individuais e coletivas, de prisões e mortes de parentes e amigos pelo governo iraniano, que, por outro lado, se entrelaçam com sentimentos e desejos de um sujeito feminino em suas diferentes etapas da vida.  

11) Histórias Cruzadas

Filme norte americano de 2012. O filme Histórias Cruzadas, apesar de representar o contexto de mulheres negras na década de 60  nos  Estados Unidos,  ainda  representa  a  realidade destas  mulheres  atualmente  no  Brasil. A  luta das mulheres  não  consiste  apenas  em  superar as desigualdades entre homens  e  mulheres,  mas  também  na  superação  de  ideologias  do  sistema  de  opressão,  no  caso  o racismo. Portanto  as  mulheres  negras  sofrem  uma  dupla  exclusão,  sendo  elas  de  raça  e  de  gênero.

12) Mulheres do século XX

Filme norte americano de 2016. “Mulheres do Século XX” é um filme cheio de reflexões sobre a vida, que nos faz pensar sobre a nossa própria realidade e das mulheres que nos antecederam, além de refletirmos quantos direitos nos foram garantidos devido à suas lutas e quanto ainda precisamos batalhar pelas mesmas causas de décadas atrás.

13) A máscara em que você vive

Filme documentário norte americando de 2015. Em, “A máscara em que você vive” (The Mask You Live In) a diretora Jennifer Siebel Newsom faz uma leitura da criação dos meninos nos EUA e nos mostra como, entre eles, uma das coisas mais comuns é que eles escondam seus verdadeiros sentimentos para esquivar-se dos julgamentos discriminatórios. Essa anulação do sentir, entretanto, cria uma relação complexa com construção da personalidade de forma inversamente proporcional ao aumento da dor do existir dessas crianças.

14) Miss Representation

Filme norte americano de 2011. Escrito, produzido e dirigido pela cineasta Jennifer Siebel Newson, Miss Representation é um documentário obrigatório para qualquer pessoa que deseja entender melhor os impactos da mídia na sociedade. Através de estatísticas e inúmeros depoimentos de adolescentes e de mulheres que atuam tanto na mídia como na política, a cineasta analisa o impacto social da má representação de mulheres nas variadas plataformas atuais de mídia, incluindo a hipersexualização do corpo feminino e a limitação de papéis destinados a elas no cinema e na televisão. 

15) Feministas: o que elas estavam pensando?

Filme documentário de 2018. O documentário Feministas: O Que Elas Estavam Pensando? é um abraço necessário em momentos de desesperança. É um lembrete para não deixarmos a peteca cair, porque ainda há muita luta pela frente. Mesmo que de formas e em contextos diferentes, elas passaram pelo o que nós estamos passando atualmente, e é renovador ouvirmos essas mulheres, que já estão na faixa dos 70, 80 anos, nos dizerem o que pensam hoje: que já notam a nossa geração diferente da delas e que estão muito orgulhosas da transformação que fizeram e da que estamos fazendo agora. E assim seguimos.

16) Filmes sobre a questão do aborto

Relação de filmes: "Nunca ramente. Às vezes sempre", "Roe x Wade: Direitos das mulhres nos EUA", "Corpo Manifesto (youtube)", "O aborto dos outros (youtube)", "Clandestinas (youtube)", "Um assunto de mulheres", "O segredo de Vera Drake", "Ela fica linda quando está com raiva", "Depois de Tiller", "4 meses, 3 semanas e 2 dias", "24 semanas"

17)  A juiza (filme norte-americano)

RBG (A Juiza) é um documentário americano de 2018 dirigido e produzido por Betsy West e Julie Cohen, que aborda a vida de Ruth Bader Ginsburg, Associada da Suprema Corte dos Estados Unidos. Pioneira na luta pelos direitos das mulheres, Ruth construiu um legado que a transformou em ícone inesperado da cultura pop no auge de seus 86 anos. A dupla de diretoras Betsy West e Julie Cohen acompanha a carreira de Ruth desde que ela era uma jovem advogada perante a Suprema Corte nos anos 70 – época em que era considerado perfeitamente legal discriminar pessoas com base no gênero. A brilhante estratégia legal de RBG resultou em cinco decisões marcantes que contribuíram decisivamente para igualar mulheres e homens perante a lei. Melhor Documentário em Longa-metragem do Óscar 2019 e Melhor Documentário no "BAFTA 2019".

18) Lou Andreas-Salomé (filme alemão)

Filme alemão de 2016. Data de lançamento no Brasil em 11 de janeiro de 2018 (1h 53min)/ Direção: Cordula Kablitz-Post / Elenco: Katharina Lorenz, Nicole Heesters, Liv Lisa Fries
Lou Andreas-Salomé é conhecida pelo grande público pelo relacionamento que teve com dois ícones da modernidade: Nietzsche e Freud. Mas poucos sabem que foi uma das primeiras a lutar pelos direitos das mulheres. Como nos é apresentado no final do filme: "foi uma mulher a frente do seu tempo no que diz respeito à luta das mulheres por direitos. Foi uma das primeiras psicanalistas alemãs. Seus ensaios e escritos científicos sobre o papel da mulher na sociedade e da sexualidade feminina influenciaram Sigmund Freud. Sua teoria sobre o narcisismo positivo é, hoje, na psicanálise, mais atual do que nunca...."

19) As sufragistas (filme inglês)

Suffragette, com as marcantes atrizes Carey Mulligan, Meryl Streep e Helena Bonham Carter, mostra o drama de mulheres que lutavam na Inglaterra, no início do século XX, pelo direito ao voto. Eram mulheres que não tinham poder sobre seus filhos, sofriam assédio sexual no trabalho, ganhavam menos do que os homens e não eram escutadas pela imprensa e pela sociedade. E ainda eram reprimidas pelo governo e pela polícia. Ao final, o filme mostra o nome de vários países e o ano nos quais o voto feminino foi promulgado, inclusive o Brasil.

20) Thelma (filme dinamarquês) 

Dirigido por Joachim Trier, diretor dinamarquês dos aclamados "Mais Forte Que Bombas" e "Oslo, 31 de Agosto", Thelma é focado na personagem título interpretada por Eili Harboe, uma jovem tímida que deixa a casa de seus pais para estudar na cidade grande. Enquanto segue seus estudos normalmente, fenômenos ocorrem com ela perdendo controle sobre seu corpo."...."Ainda que o filme tenha altos e baixos na execução, Thelma é uma personagem interessante que tem de tudo para criar uma identificação com os estados repressivos que mulheres carregam por anos, seja pela educação tradicional, seja pelo medo de encarar os próprios desejos, preferências e sonhos. Embora os roteiristas detenham-se muito ao aspecto sexual e afetivo dela e seu envolvimento amoroso com Anja e deixam de desenvolver outras camadas da narrativa, a protagonista é muito mais que isso: é uma representação do ser primitivo desafiado a encarar o seu destino."

21) Mulheres divinas (filme suiço)

"Mulheres divinas" é um filme suiço de 2017 com direção de Petra Volpe que resgata a história do sufrágio feminino na Suíça, ocorrido apenas em 1971. "Baseada em fatos reais, ficção oscila entre drama e comédia. Segundo a diretora, a história foi baseada em fatos reais, aos quais Petra – também roteirista da obra – teve acesso em suas pesquisas e nas entrevistas que fez com importantes exponentes da luta pelo voto feminino. “Os personagens foram inspirados pela pesquisa. Eu li uma dissertação completa sobre os anti-suffragettes – os oponentes do direito de voto na Suíça. A partir da perspectiva de hoje, é difícil entender exatamente por que inúmeras mulheres em 1971 lutaram tanto contra a votação. Muitas vezes, eram mulheres muito educadas, acadêmicas, rainhas da aldeia, que se estabeleceram muito bem e talvez simplesmente não quisessem que suas cozinheiras tivessem voz também. Quando você olha as entrevistas com eles, você pode ver o comportamento de submissão”, declara Petra Volpe. “Eu pensei que uma mulher como adversária seria mais emocionante, porque levanta mais perguntas. O antagonismo dos homens na história é um dado, reflete-se na mentalidade da época”. (Trecho de comentário em: http://www.redebrasilatual.com.br/entretenimento/2017/12/direito-de-voto-feminismo-e-o-protagonista-do-filme-mulheres-divinas )

22) Que horas ela volta?

Filme brasileiro de 2015 da diretora Anna Muylaert.  SINOPSE: "pernambucana Val (Regina Casé) se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa de seus patrões. Treze anos depois, quando o menino (Michel Joelsas) vai prestar vestibular, Jéssica (Camila Márdila) lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica"

Trecho de um comentário: "Um filme dirigido por uma mulher e que gira em torno de três protagonistas mulheres: patroa, empregada e sua filha. Numa coNversa por telefone, Anna Muylaert .... disse que não pretendia fazer um filme feminista, mas que agora se dá conta de que fez: “as mulheres são protagonistas do filme, o que já é raro num universo de personagens masculinos, em que mulheres idealizadas por homens fazem as suas secretárias, amantes…”.(Daniela Lima).

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Trecho de outro comentário: "......expõe um abismo que não é somente de classe, mas também de gênero. Senão, vejamos: já na cena inicial, um menininho pergunta à sua babá a que horas a mãe dele volta; como num jogo das cadeiras, a filha ainda pequena dessa mesma babá também repetia, de longe, a mesma pergunta a respeito da própria mãe. A impressão que temos é que todos ali estão deslocados, todos vivendo uma falta fundamental. E a corda estoura, como sempre, no lado dos mais fracos. É lá que estão as crianças que ficam (ainda mais) abandonadas. É lá que estão as mulheres que não têm outra coisa a vender além da velha e “desqualificada” habilidade de cuidar da casa e dos filhos (especialmente os dos outros). Nesse ponto, precisamente, o filme me impressiona ainda mais, ao mostrar que essa “dança das cadeiras” parece sempre confinada às mulheres que estão em cena, e apenas a elas. E ao mostrar, ao final, uma certa reparação que desloca a babá do início do filme para a posição de cuidar, enfim, do próprio neto — e, assim, se reconciliar com a filha da qual viveu afastada. Porque essa filha, também tendo precisado se responsabilizar sozinha pelo próprio filho que havia tido, não poderia cuidar dele enquanto fizesse a tal faculdade. De novo, então, estaríamos diante de uma conta que não fecha: tirando a avó/babá da criança, a moça não tinha com quem dividir a responsabilidade pelo filho." (Cristiane Brasileiro)

​23) Monsieur & Madame Adelman 

Filme francês de 2016 em cartaz no Cinema "Caixa Belas Artes". Aborda temas polêmicos e feministas dentro de um relacionamento. "Sarah, judia e doutoranda em literatura, tem sua personagem delineada como alguém inteligente, forte e persistente (quase obsessiva) – fato que fica bem claro quando vemos o que ela faz para conquistar Victor. Ele por sua vez é o típico rapaz burguês que renega suas origens. Entre uma ressaca e outra, gosta de pensar no quanto o seu talento proverá fama e sustento. É bacana ver, paulatinamente, a perspicácia feminina de Sarah se desdobrando num roteiro que conseguiu de forma contundente expressar a alma feminina. Sr. Adelman terá várias surpresas (desagradáveis)  ao longo de seu relacionamento. São dois pólos muito bem trabalhados – homem e mulher. A fragilidade masculina é uma fratura exposta e analisada nas cenas de Victor com o psiquiatra. Temas como o medo da castração e a necessidade de controle permeiam o pensamento masculino em uma relação com mulheres... "O aspecto psicológico e sociológico acerca de ambos os gêneros presentes no roteiro torna “Monsieur & Madame Adelman” um filme imperdível por trazer com vigor, alternando humor e drama, benesses e imbróglios de  ser casado...." (Fonte: https://www.blahcultural.com/critica-monsieur-madame-adelman/ )

24) As cinco graças (Filme turco)

Filme turco de 2015 da diretora Deniz Gamze Erguven: O filme abre campo para uma série de reflexões, que passam desde o machismo ímpar da sociedade turca até os horrores da fábrica de casamentos típica da região. Também mostra como a transição da infância para a adolescência pode ser dolorosa.  A diretora Deniz Gamze Ergüven merece os louros por saber mesclar muito bem o drama com pequenas fugas da realidade – breves namoros, escapadas- e também por tirar o máximo de cada uma das jovens atrizes.

25) Wadjda (produzido na Arábia Saudita) 

Filme de 2012. Expressa um grito feminista de liberdade. "O Sonho de Wadjda, em portugês, ou somente Wadjda - nome original da obra - é um longa da diretora saudita Haifaa al-Mansour, que conta a história de uma menina islâmica de 11 anos, vivendo na cidade de Ryiadh, que se inscreve num concurso de recitação do Alcorão em sua escola, na expectativa de ganhar um prêmio em dinheiro para realizar seu sonho de comprar uma bicicleta. Porém, culturalmente, na Arábia Saudita, as meninas não podem andar de bicicleta, pois, conforme mostrado pelo filme, há a crença de que essa prática romperia seu o hímen. A diretora retrata de forma bela e bem humorada a ótica de Wadjda sobre as imposições sofridas em sua cultura. Na sua vivência do cotidiano, o pesar por não poder se vestir como gostaria, e a ansiedade causada pela relação desigual entre seus pais, onde sua mãe, até então, não havia dado um filho homem ao pai, e sofre com o fato de que o marido possa vir a ter outra esposa, já que na Arábia Saudita é permitida a poligamia por parte dos homens. Outra questão polêmica levantada sutilmente pela diretora, é a do casamento infantil - uma das personagens, colega de sala de Wadjda, tem apenas 13 anos e acaba de se casar. Em função do dote que é págo a família da noiva, é muito comum o casamento realizado entre meninas antes mesmo da puberdade e homens adultos. " 

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