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Assistam vídeo da Audiência Pública sobre a Cracolândia realizada em 28 de junho de 207 na Câmara Municipal de São Paulo. Produzido pela assessoria da vereadora do PSOL Sâmia Bomfim.
Clique na figura acima para assistir na Rádio Cidadã entrevista com participantes da "Craco Resiste" - 14/06/2017

UM RAP PARA LEANDRO - A Polícia militar invadiu em 27 de junho de 2017 por volta das 10 horas a Favela do Moinho com a justificativa de ali ser uma fonte de abastecimento de drogas para a Cracolândia. A extrema violência desta ação resultou no assassinato do Leandro - jovem de 18 anos. (Fonte: https://www.facebook.com/pavio.org)

Jamais fomos zumbis: contexto social e craqueiros na cidade de S. Paulo -  "O que acontece na Cracolândia? Porque ela é tão atrativa? A partir do livro Jamais fomos zumbis, o autor, o antropólogo Ygor Alves que passou dias e noites entre os usuários de crack, nos leva a pensar sobre o porquê da existência de cracolândias, como são conhecidas as cenas de uso de crack espalhadas pelo Brasil." (Ygor Alves falando neste vídeo com base em sua pesquisa publicada em livro)

Defensores públicos acusam guardas de chutar usuários em ação na Cracolândia - 29/09/2017

"Defensores públicos do estado de São Paulo afirmam que a ação da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo cometeu excessos durante ação na Cracolândia na quinta-feira (28). A confusão começou quando a Guarda retirou os usuários de crack do espaço que eles ocupam na esquina da Rua Helvetia com a Alameda Cleveland, numa ação feita diariamente para a limpeza do espaço. " (Fonte: Jornal "O Globo")

Leia o relatório do Conselho Regional de Medicina, Ministério Público e outras entidades de classe sobre as clínicas de recuperação. Leia também depoimentos de usuários que lá estiveram. 

Duas reportagens sobre a Audiência Pública sobre a Cracolândia realizada em 28/06/2017

1) Ponte Jornalismo - CLIQUE AQUI para ler esta reportagem com o título: "A cracolândia é preta, pobre e periférica’, diz ex-secretária dos direitos humanos de Doria". Em audiência pública sobre o tema na Câmara Municipal de São Paulo, vereadores e especialistas na área criticam ‘Recomeço’ e criam embate com secretário da Justiça, único representante da gestão a comparecer

2) Rede Brasil Atual -  CLIQUE AQUI para ler esta reportagem com o título: "Vereador Toninho Vespoli (PSOL) questiona ação na favela do Moinho um mês após visita de Alckmin ao local"  Disse ele:“Sou matemático e sei que as coisas não acontecem por acaso. Há um mês, o governador esteve na Favela do Moinho sem dar explicações. E a droga da Cracolândia ir parar no Moinho pode ser para justificar uma possível retirada da favela."

A peça publicitária segue a mesma linha de discurso adotada pela gestão Doria sobre o assunto, em que afirma-se: “vamos ajudar quem quer ajuda”. Nessa narrativa, fica claro que, quem não comprar a “ajuda” da Prefeitura, estará sujeito à ação diária e irrestrita da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana no local, através da falta de acesso à alimentação e abrigos, e sob a mira da repressão. Pessoas que lá trabalham falam sobre esta propaganda. Entre estas membros do Coletivo "A craco resiste".

A polícia militar de São Paulo do governo Alckmin com a justificativa de que a Favela do Moinho é “apontada como um dos principais pontos de abastecimento de drogas para os usuários que frequentam a região da Cracolândia” não somente a invadiu em 27 de junho de 2017 por volta das 10 horas como também assassinou de forma violenta e fazendo uso de tortura um suposto usuário de droga alegando que reagiu com armas. (Reportagem da Ponte Jornalismo - ponte.org)

Quem acompanha a situação da Cracolândia, dos usuários e moradores da região da Luz, certamente, tem esperado a cada início ou final de semana uma nova ideia astuciosa do prefeito Dória Jr para solucionar os problemas conectados com esses temas que se entrelaçam. Desta vez, ele reuniu veículos de imprensa nesta segunda feira (26), para anunciar dados do que ele chama de 5 eixos do programa Redenção: medicinal, social, operacional, policial e educacional. Junto com Dória estavam o coordenador do Programa Redenção, o psiquiatra, Arthur Guerra, Filipe Sabará, secretário de desenvolvimento social, Wilson Pollara, secretário municipal de Saúde, Heloísa Arruda, secretária municipal de Direitos Humanos, Julio Semeghini, secretário municipal de governo, Mágico Barbosa, secretário de Segurança Pública. (Reportagem dos "Jornalistas Livres" )

 

O coordenador do programa Redenção, da gestão João Doria (PSDB), o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, disse na noite de ontem (26) que não conhecia a Cracolândia e que ainda não tem equipe de trabalho. "Sou obrigado a admitir que esse é um problema que eu conheço muito pouco. Conheço assunto de álcool, de drogas. Mas de Cracolândia, projeto Redenção, eu confesso que meu conhecimento ainda é muito pequeno. Estou nesse grupo há um mês", disse, logo no início de sua participação. (Reportagem da Rede Brasil Atual)

 Exatamente um mês após a ação do Estado e da Prefeitura de São Paulo, que transferiu o ‘fluxo’ da Cracolândia – antes localizado na esquina da rua Helvétia com a alameda Dino Bueno – para a Praça Princesa Isabel, a violência policial tem se intensificado também contra os trabalhadores da saúde e da assistência social que atuam no território, segundo notifica o Conselho Regional de Serviço Social e conforme mostram as cenas de agressão, humilhação e detenção de uma trabalhadora pela Polícia Militar, na terça-feira (20/6).

O prefeito João Doria afirmou que a Cracolândia tinha "acabado". Mas, na opinião de Dartiu Xavier da Silveira, psiquiatra e ex-coordenador do programa Braços Abertos, que fora implementado na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad, a operação apenas disseminou os usuários e dependentes químicos.

"É um retorno à estaca zero. É o retorno da política de dor e sofrimento. Você desfaz todo o vínculo que foi construído na gestão anterior. LEIA A ENTREVISTA

"Após relato de missão emergencial à Cracolândia, Plenário do Conselho Nacional dos Direitos Humanos delibera protocolar, no Ministério Público, representação por improbidade administrativa contra o prefeito João Dória, por descontinuidade da política municipal de drogas e por gasto público com publicidade de projeto não publicado oficialmente"

Assistente social afirma que ações de repressão pela PM na região prejudicam ainda mais o acesso a crianças e adolescentes, que já era dificultado pelo tráfico. De acordo com levantamento de profissionais da assistência social que atuam no local, aproximadamente 30 crianças e adolescentes estão no entorno da praça, perdidos entre as cerca de mil pessoas que agora se refugiam ali – segundo levantamento recente do jornal Folha de S. Paulo.(Reportagem da "Rede Peteca-Chega de Trabalho Infantil")

"A Guarda Civil Metropolitana com apoio da Polícia Militar tenta em 15 de junho de 2017 invadir a tenda onde antigamente funcionava o programa de redução de danos De Braços Abertos, na rua Helvétia, na Cracolândia, nesta quarta-feira. Nas imagens a que a Ponte Jornalismo teve acesso é possível ver agentes lançando bombas e gás pimenta contra os usuários que estão no pátio do imóvel. Atualmente, o local é usado para que dependentes de crack durmam, façam higiene pessoal e para que agentes de saúde façam alguns atendimentos." (Reportagem da Ponte Jornalismo -  ponte.org)

."Para debater as ações desencadeadas pelo governo estadual e pela Prefeitura de São Paulo a partir do dia 20 de maio na região conhecida como cracolândia, no centro da capital paulista, o Le Monde Diplomatique lança mais uma série especial..... "Com olhares sob diferentes pontos de vista – jurídico, urbano, habitacional, da saúde mental, dos movimentos sociais e do patrimônio histórico –, o objetivo é traçar um diagnóstico da situação, avaliar as políticas adotadas e, quando possível, apontar caminhos ou soluções."

"De acordo com a pesquisa "crack:Reduzir Danos" publicada em 2017, organizada pela "Open Society Foundation", constata que 68% dos participantes do antigo programa (Braços Abertos) são negros, a maioria tem baixos níveis de escolaridade e não possui carteira de trabalho. 39% temem ser alvo de violência sempre ou quase sempre e 26% às vezes."  (observação: este texto  traz um histórico da região)" (Reportagem da "Ponte Jornalismo" - ponte.org)

A pesquisa realizada em consultoria com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), mostrou que o percentual de mulheres que frequentam a região dobrou, de 16,8% em 2016 (119 mulheres), para 34,5% em 2017 (642 mulheres). A pesquisa entrevistou 139 pessoas nos períodos comparativos entre abril e maio de 2016 e abril e maio de 2017. Destes, 44,21% (homens e mulheres) referiram que conflitos familiares, como perdas, divórcios, violência e abandono, os levaram para a região da Cracolândia." (Reportagem da "Ponte Jornalismo" - ponte.org)

"Brasília, Cracolândia e Redenção não são fatos isolados. Também não começaram a ser praticados ontem. São modelos de laboratório para a modulação de uma sociedade de controle. Os argumentos da guerra e da militarização se dirigem inclusive aos processos de produção de subjetividades. São nesses processos que se encontra a vida política mais profunda. E, também, são nessas ranhuras e porosidades do cotidiano que se criam as mais eficazes estratégias de resistência."

Em meio às críticas, o prefeito João Doria (PSDB) gravou um vídeo, divulgado em suas redes sociais, para se defender. Nele, afirma que não irá recuar e tenta justificar alguns dos fatos que ocorreram. O Truco – projeto de fact-checking da Agência Pública – verificou seis frases ditas por Doria na gravação. Procurada para indicar as fontes das afirmações feitas pelo prefeito, a Secretaria Especial de Comunicação, responsável pela assessoria de imprensa da prefeitura, disse que “todas as frases enviadas são de autoria do prefeito João Doria”, sem indicar documentos ou dados que tenham sido usados para embasá-las.

"Mas o que estaria por trás dessa nova ação, agora de destruição física de vários quarteirões, a toque de caixa e sem mesmo retirar as pessoas de dentro? Quais interesses estariam escondidos pela cortina de fumaça da ação de higienização antidrogas? O Prefeito de São Paulo contratou “por notório saber”, isto é, sem processo público de contratação, os serviços de Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba, para realizar um projeto urbanístico para o Centro de São Paulo. Curiosamente, o mesmo arquiteto havia proposto um pouco antes, em conjunto com o mercado imobiliário, um projeto para a região, na prática nada mais do que um monte de prédios de negócios envidraçados por cima de toda a histórica região da luz. Uma típica ação de gentrificação, e substituição do centro velho por um distrito de negócios altamente elitizado."

"Uma nova ação da polícia ocorreu na manhã de 11 de junho de 2017 (domingo), na na região da cracolândia (centro de SP), sob comando da prefeitura e do governo do Estado.  A operação ocorreu na praça Princesa Isabel, onde viviam os dependentes químicos que haviam sido expulsos da região da rua Helvetia, do antigo fluxo." (Reportagem da "Ponte Jornalismo" - ponte.org)

Este vídeo é uma versão resumida do documento produzido pelo movimento autônomo "A Craco Resiste" após a investida  truculenta e violenta do prefeito João Dória em maio de 2017  na região conhecida como Cracolândia. Lançado em 13 de maio de 2017 mostra a face violenta da administração Doria desde o mês de fevereiro até maio de 2017 quando no dia 21 dese mês realizou uma intervenção violenta através da polícia chegando até a demolir casas com pessoas dentro.  A "Craco Resiste" tem este endereço no facebook: https://m.facebook.com/ACracoResiste/

Em 21 de maio de 2017 o prefeito Dória juntamene com a colaboração da polícia do governador Geraldo Alckmin fizeram uma intervenção violenta na chamada Cracolândia com o objetivo de prender traficantes, acabar com a cracolândia. Dando continuidade a esta ação violenta em 23 de maio de 2017  máquinas da Prefeitura de SP demoliram o muro de prédio nesta região com moradores dentro e sem avisá-los. O Corpo de Bombeiros informou que três pessoas se feriram. 

Leia textos atuais e mais antigos que buscam alternativas para solucionar ou atenuar o problema do consumo das drogas no Brasil. Entre os atuais (de 2017) há os que relacionando o problema das drogas com a Cracolândia vêem o programa "Braços Abertos" do ex-prefeito Haddad como o mais adequado. Outros tentam demonstrar sua insuficiência propondo alternativas como as narcosalas. A relação entre a cracolândia e a desigualdade social está presente em muitos deles.

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